sábado, 27 de agosto de 2011

Baile de Casais - Chapter I

. Baile de Casais .
Chapter I

- por Elizabeth Bennet.

Isso mesmo, Lizzie, você terá oportunidade de conviver com as pessoas de Londres. Claro, há alguns tão arrogantes com seus egos inflados, todos cheios de si, mas também haverá conversas diversificadas, e é uma grande alegria estar em companhia dos tios Gardiner. Da última vez que esteve com eles houve aquele encontro com o Mr. Darcy e Georgiana... não que tenha sido ruim, mas teve seus momentos de desconforto. É estranho encontrar alguém que te dedicou um pedido de casamento e agir como simples conhecidos. Que vergonha, isso ainda aconteceu na propriedade dele! Oh, Lizzie, que vergonha de você mesma!

- Lizzie, olhe! Chegamos!

- ... Ah, que linda vista, Tia Gardiner!

- Nessa época Londres está ainda mais aconchegante. Você vai perceber como o clima está proveitoso.

- Tenho certeza que sim, tia.

Ah, Elizabeth... anime-se! Aproveite essa viagem e pare de se recriminar por faltas passadas. O Mr. Darcy estava cheio de pompa ao lhe pedir em casamento, demonstrava que não te via como igual. É óbvio que você fez certo em negar. Imagine-se! Casada com um homem que não a vê como uma pessoa digna de desposá-lo. Aliás, até agora não entendo como ele veio com essa história, que coisa... Você foi tão rude com ele... O que está feito, está feito. São coisas da vida e torço pra que ele ache uma rica de nariz empinado, exatamente do meio dele. Talvez a Caroline. Não...não exagere, Lizzie. Nenhum homem merece a srta. Bingley.

***

Já era noite quando chegaram à casa de John Knightley, casado há um tempo e já pai de seu primeiro filho com a senhora Knightley (antigamente conhecida por Isabella Woodhouse). Era um ambiente agradável e o jantar parecia que seria movimentado. John, amigo de Edward Gardiner, convidara ele e família para comparecer ao jantar que daria naquela noite. O senhor e a senhora Gardiner trataram de levar sua sobrinha para apresentá-la ao casal Knightley, por quem tinham sincera estima e afeição.
Tudo ocorreu muito bem, a senhora Knightley era gentil e senhora Knightley um anfitrião refinado, mas não menos gentil, como todos os anfitriões deveriam minimamente ser. Comunicara aos amigos com satisfação que seu irmão mais velho, residente no condado de Donwell, chegaria para passar uns dias em companhia da família. Uma notícia que Elizabeth recebeu com maiores detalhes de Isabella, que lhe fez companhia (juntamente com a sra. Gardiner) todo o tempo antes do jantar. A senhora Knightley sentiu-se confortável para descrever seu cunhado, ainda não conhecido por Mrs. Gardiner. Não lhe faltaram adjetivos suficientes para convencer qualquer interlocutor do caráter e modos apreciáveis de George. Por ela descrito como um perfeito cavalheiro.

- Oh, lá está ele! - sinalizou a mulher enquanto pedia licença para recepcionar o irmão de seu esposo, juntamente com esse.

George Knightley era um homem bem afeiçoado, de poste elegante como seu irmão. Mas tinha a seu favor uns anos a mais, que lhe atribuíam certa maturidade, além de uma eloquência para expressar-se e chamar a atenção de alguém que apreciava uma boa conversa... exatamente como Elizabeth Bennet. Dito isso, deixo a cargo dos leitores se questionarem se foi o acaso ou os cálculos da sra. Gardiner em ceder seu lugar para Lizzie que fizeram Elizabeth sentar-se justamente ao lado de George naquela ceia que transcorreu durante a noite.
Com o ambiente propício e companhias de tão boa disposição para conversas inteligentes e animadas, não foi de se espantar que o vizinho de Emma Woodhouse e a paixão de Mr. Darcy iniciassem trocas de idéias, que foram se diversificando durante a noite, indo desde o campo até a cidade, passando por jogo de Cricket e bailes. Durante a conversa, a senhorita Bennet pôde intuir que George tinha uma boa condição econômica, ao menos era melhor que a dela, disso ela teve certeza. Mas não houve qualquer impressão de superficialidade ou pequenez de espírito ligadas a ele; pelo contrário, o sr. Knightley parecia um homem amável e sincero em suas opiniões - que em muito se aproximavam das de Lizzie. Além de defender suas idéias com uma paixão gentil, algo que Elizabeth aprovou e admirou, pois ela também não conseguia defender idéias em que não acreditava, e quando as defendia, o fazia com o fervor típico da paixão.
A noite se findou e outros dias de novas conversas vieram, de modo que tanto a senhora Gardiner quando a senhora Knightley começaram a perceber que entre os dois havia tantas afinidades que uma paixão poderia florescer daquela ligação. Algo que a tia de Lizzie não apenas desejou com alegria, como também passou a incitar a sobrinha, mencionando inclusive o fato do senhor George jamais haver se casado - sempre cheia de cuidados para que suas intenções não fossem percebidas pela Bennet.
Fruto das idéias da tia ou de suas próprias contatações, Elizabeth pegou-se, algumas vezes ao longo daqueles dois meses de convivência, pensando em como o sr. Knightley era uma partido ideal para uma mulher de sorte.


Miss Bennet.






CHAMADA DO CAPÍTULO SEGUINTE (escrito por Miss Woodhouse):

Será que da amizade entre George e Elizabeth sairá coelho [!]? Será que Emma já casou todos os habitantes do condado de Surrey? E Darcy já foi laçado pela vil Caroline Bingley?
NÃO PERCA O PRÓXIMO EPISÓDIO DE "BAILE DE CASAIS"... Uma história de valsas, contra-danças e muitos, mas muitos pisões de pé!


Continua...

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