Após falar de religião, cá estou eu novamente, com meus pensamentos antes de cair na cama.
É engraçado como temos o dom de, por tantas e tantas vezes, ir minando um relacionamento com nosso ego enorme, arrogância suprema e incapacidade do exercício de empatia.
Dizemos e dizemos as coisas como se o amanhã sempre fosse ser o que exatamente foi, como se simplesmente as pessoas nunca tivessem a chance de ir embora, aliás, quem diabos pensa na possibilidade das coisas não serem o que sempre foram? (e deviam ser, ao menos em minha cabeça).
Pois bem. Escrevo isso porque cá estou eu, refletindo sobre uma conduta adotada há anos e que nos últimos meses vêm mostrando uma voracidade avassaladora. Que cansa. E como cansa. Cansa ao próximo. Nesse caso, à próxima.
E no andar da carruagem, é óbvio que a colheita ia vir. E ontem me senti como o marido que recebe o primeiro pedido sério de divórcio. Mas ao contrário do que geralmente fazem os maridos: eu refleti. E percebi que realmente gosto do meu lugar de conforto, que ele me ajudou a me constituir como pessoa (seja qual pessoa eu for, aliás, ignorem o fato de eu não ter me encontrado ainda no mundo), mas o fato é que... eu realmente devo muito à minha "zona de conforto". E por mais que algumas vezes eu queira voar, é sempre bom ter o ninho pra retornar. E ainda mais, tenho a vantagem de que meu ninho deseja sim que eu voe o quanto minha felicidade ansiar (e por isso digo que meu ninho é o máximo!).
Percebi que devemos aproveitar ao máximo o calor dos ninhos que a vida generosamente nos dá, já que da mesma forma que se ganha, se perde com o caos e a lei natural das coisas. Algum dia hão de tirar seu ninho de você, e te forçar a construir outro, da mesma forma que certa vez um passarinho azul me disse que crescemos para ajudar outros a crescer conosco - e hoje eu alongo isso, dizendo que também crescemos pra adquirir asas e poder finalmente voar.
Talvez seja a hora de rever o que andei desejando.
E fica aqui o meu aviso. Cuidado, Ladies!
Miss Bennet.
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